Você realmente leu as letras miúdas do seguro do seu cartão?
A gente viaja com aquela paz de espírito, pensando: “Beleza, se der ruim, o cartão de crédito resolve”. Só que na hora do perrengue, muitos viajantes descobrem que a história não é bem assim. A real é que essa confiança cega pode custar uma fortuna.
O que a maioria não sabe é que existem regras e pegadinhas que, se ignoradas, invalidam completamente a sua cobertura. Caiu a ficha? Calma, vou te mostrar o caminho das pedras para nunca mais cair em cilada.
Os 3 Erros que Anulam seu Seguro Viagem (e como evitar)
Pode anotar: 9 em cada 10 pessoas que tiveram problemas com o seguro do cartão cometeram um destes erros. Em 2025, com as regras mais afiadas, não dá mais para vacilar.
- Não emitir o bilhete de seguro: Achar que a cobertura é automática é o erro número um. A grande maioria dos cartões exige que você entre no portal da bandeira (Visa, Mastercard, etc.) e emita o “Bilhete de Seguro” para a sua viagem. Sem esse documento, para a seguradora, você simplesmente não está coberto.
- Pagar a passagem com o cartão errado: A regra é clara: a cobertura só vale se a passagem (ou a maior parte dela) for comprada com o cartão que oferece o benefício. Usou o cartão do parceiro, pagou no débito ou PIX? Já era. Se a viagem for com milhas, as taxas de embarque precisam ser pagas no cartão elegível.
- Ignorar a cobertura de Despesas Médicas (DMH): Esse é o pulo do gato. Muitos cartões Platinum oferecem uma cobertura de US$ 25.000 ou US$ 30.000 para despesas médicas. Parece muito, mas uma simples emergência nos EUA ou Europa pode facilmente ultrapassar US$ 100.000. Para esses destinos, essa cobertura é perigosamente baixa.
Então, o seguro do cartão é uma furada?
Não, longe disso! Ele é uma ferramenta excelente, desde que você saiba como e quando usá-la. Para viagens curtas pela América do Sul ou destinos onde os custos médicos são menores, ele pode ser suficiente. Além disso, as coberturas para atraso de voo, extravio de bagagem e cancelamento de viagem costumam ser ótimas e mais fáceis de acionar.
A estratégia inteligente é usar o seguro do cartão como uma cobertura complementar. Para uma viagem grande, especialmente para os Estados Unidos ou Europa, considere contratar um seguro à parte com uma cobertura médica robusta (acima de US$ 60.000) e usar os benefícios do cartão para as outras coisas. Deu a lógica, né?
Se entender isso já te poupou uma grana e uma dor de cabeça, imagina o que acontece quando você aprende a usar os outros benefícios do seu cartão para ter acesso a salas VIP, upgrades de hotel e muito mais.
FAQ Rápido: Dúvidas que todo mundo tem
Meu cartão adicional também tem cobertura?
Resposta: Geralmente sim, a cobertura se estende ao cônjuge e filhos dependentes, desde que as passagens deles também tenham sido pagas com o cartão elegível (titular ou adicional). Mas confirme sempre no manual do seu cartão específico, pois as regras podem variar.
O seguro cobre doenças preexistentes?
Resposta: Quase nunca. Em 99% dos casos, o seguro de cartão de crédito não cobre tratamentos ou emergências decorrentes de condições médicas que você já tinha antes da viagem. Esse é um dos principais motivos para se contratar um seguro à parte.
Preciso fazer o ‘Aviso Viagem’ para o seguro valer?
Resposta: Para o seguro em si, a emissão do bilhete é o mais importante. No entanto, o Aviso Viagem continua sendo essencial para que o banco não bloqueie seu cartão por suspeita de fraude durante suas compras no exterior. Uma coisa não anula a outra.
