Você também achava que ter UM super cartão era o ideal?
Pode confessar: a gente passa um tempão pesquisando, encontra aquele cartão que parece perfeito, com uma pontuação legal e talvez até sem anuidade, e pensa: “Pronto, resolvi minha vida”. A real é que, se você está fazendo isso, provavelmente está deixando de ganhar muito dinheiro e benefícios. Depender de um único cartão para viajar é como jogar futebol com um craque só no time: ele pode ser bom, mas não ganha o campeonato sozinho.
O pulo do gato: a estratégia do combo de cartões
A mentalidade do viajante inteligente de 2025 não é sobre ter o melhor cartão, mas sim a melhor combinação de cartões. Cada um tem uma função específica, como peças de um quebra-cabeça. Quando você monta o seu combo, seus gastos passam a trabalhar para você de forma otimizada. Deu a lógica? A ideia é ter uma ferramenta certa para cada tipo de despesa.
O Trio Essencial do Viajante Esperto
Aqui está a estrutura que a maioria dos viajantes experientes usa. Pense nisso como seu time titular para as finanças de viagem:
- Cartão #1: O Pontuador do Dia a Dia. Este é o seu cavalo de batalha. O objetivo dele é acumular o máximo de pontos em seus gastos rotineiros: supermercado, contas, combustível. Geralmente são cartões de bancos como Visa Infinite ou Mastercard Black, que pontuam bem em real e oferecem flexibilidade para transferir os pontos para vários programas aéreos, de preferência durante promoções de bônus.
- Cartão #2: O Especialista da Companhia Aérea. Esse é o seu cartão co-branded (ex: Azul, Smiles, LATAM Pass). Você não vai usá-lo no mercado. A função dele é outra: te dar os benefícios da companhia aérea que você mais usa. Pense em despacho de bagagem gratuito (que já economiza uma grana!), embarque prioritário e, em alguns casos, até upgrade de cabine e companion pass. Ele paga a anuidade só com a economia que gera na primeira viagem.
- Cartão #3: O Coringa Internacional. Sabe o susto ao ver a fatura em dólar com IOF e spread? Este cartão resolve isso. Pode ser um cartão de crédito com spread zero ou, a melhor opção hoje, um cartão de débito de conta global. Com ele, você trava o câmbio antes da viagem, paga um IOF muito menor (1.1%) e tem total controle dos gastos lá fora, sem surpresas na volta. É o seu porto seguro financeiro no exterior.
Montar esse time não significa gastar mais, mas sim gastar de forma mais inteligente. É direcionar cada real para o cartão que te dará o maior retorno para aquele objetivo específico.
Se essa ficha já caiu, imagina o que acontece quando você aprende a usar os portais de compra dos programas de fidelidade para multiplicar ainda mais esses pontos. Isso é só o começo da otimização.
FAQ Rápido: Perguntas que todo mundo faz
Ter 3 cartões não aumenta o risco de se endividar?
Resposta: De jeito nenhum, se você tiver controle. A estratégia não é sobre aumentar seu limite de gastos, mas sobre otimizar o que você já gasta. O segredo é usar o crédito como um meio para acumular benefícios e sempre pagar a fatura integral. Organização é a chave.
E as anuidades? Não vai ficar uma fortuna?
Resposta: A conta precisa fechar. Para o cartão do dia a dia, busque um com política de isenção por gastos. Para o cartão da companhia aérea, calcule se a economia com bagagens e outros benefícios supera o valor da anuidade. Muitas vezes, uma única viagem já paga o custo anual. O cartão internacional, se for de conta global, geralmente não tem anuidade.
Preciso ter os três imediatamente?
Resposta: Não precisa ter pressa. Comece com um bom cartão pontuador para o dia a dia. Quando sua próxima viagem estiver no radar, analise qual companhia aérea vai usar e adquira o cartão co-branded para aproveitar os benefícios. O cartão internacional entra no jogo assim que você planejar sua primeira viagem para o exterior. É um processo, não uma corrida.
