Sabe aquele papo de ter “o melhor cartão de crédito”? Pois é, furada.
A real é que o viajante inteligente não procura um único cartão perfeito, ele monta um time. Ter um só plástico na carteira em 2025 é como ir pra uma final de campeonato com um jogador só. Você pode até se virar, mas a chance de passar perrengue é gigante.
Já aconteceu de chegar num lugar e seu cartão não ser aceito? Ou de fazer uma compra grande e estourar o limite que precisava pra outra coisa? Pois é. O pulo do gato não é ter o cartão com o maior limite, mas sim ter a combinação certa para cada situação. Deu a lógica, né?
Montando sua Carteira de Viagem Vencedora
Vamos direto ao ponto. A estratégia mais eficiente e segura para 99% dos viajantes é ter pelo menos dois cartões principais, cada um com uma função clara. Pensa neles como seus atacantes no jogo das milhas.
Cartão #1: O Pontuador do Dia a Dia
Esse é seu cavalo de batalha. O cartão que você vai usar para tudo: supermercado, padaria, gasolina, contas. O objetivo dele é simples: acumular o máximo de pontos possível em todos os seus gastos mensais.
- Foco: Alta pontuação por real ou dólar gasto.
- Ideal: Cartões de bancos que pontuam bem e oferecem transferências com bônus para diversas companhias aéreas.
- Anuidade: Geralmente vale a pena pagar, se a pontuação compensar. Negocie sempre!
Cartão #2: O Especialista em Viagem
Aqui a conversa é outra. Esse cartão é o seu passaporte para os benefícios. Você talvez não o use todo dia, mas ele brilha na hora de viajar. É ele que vai te dar acesso à sala VIP, seguro viagem robusto, bagagem despachada de graça e upgrades.
- Foco: Benefícios de viagem, não necessariamente a maior pontuação.
- Ideal: Cartões co-branded de companhias aéreas (se você for fiel a uma) ou cartões de alta renda com acessos a salas VIP como LoungeKey ou Priority Pass.
- Anuidade: Quase sempre justificada pelos benefícios. Faça a conta: quanto custaria pagar por 4 acessos à sala VIP no ano? Provavelmente mais que a anuidade.
Com essa dupla, você cobre a maior parte das suas necessidades. Um acumula o combustível (pontos) e o outro te dá o conforto e a economia na hora de usar esse combustível. Simples e genial.
Se essa estratégia já abriu sua mente, espera até descobrir como escolher o cartão co-branded ideal para o seu perfil de viajante. Isso é só o começo da otimização!
FAQ Rápido: Perguntas que sempre aparecem
É melhor ter dois cartões do mesmo banco ou de bancos diferentes?
Resposta: Bancos diferentes, sem dúvida! Isso diversifica suas opções de programas de fidelidade e te dá mais poder de negociação de anuidade e limites. Além de ser um backup caso o sistema de um banco fique fora do ar.
E um terceiro cartão, vale a pena?
Resposta: Para quem viaja muito para o exterior, um terceiro cartão focado em compras internacionais (como os de contas globais, com IOF menor) pode ser a cereja do bolo. Ele te salva de taxas abusivas e do câmbio desfavorável dos cartões tradicionais.
Essa estratégia serve para quem está começando e tem pouco limite?
Resposta: Com certeza. Comece com um cartão sem anuidade para o dia a dia e um segundo, talvez de uma fintech, com benefícios básicos de viagem ou cashback. O importante é criar o hábito de separar as funções e não depender de uma única opção.
